quarta-feira, 11 de maio de 2011

DESAFIO EM EDUCAÇÃO

Um plano para erradicar o analfabetismo
até 2020
Projeto de lei estabelece 20 metas para mudar cenário educacional
no país em quase uma década
O Plano Nacional de Educação,
projeto de lei que tramita na Câmara
dos Deputados, estabelece 20 metas
a cumprir até 2020 – entre elas,
erradicar o analfabetismo e aumentar
o investimento no setor, até alcançar
o índice de 7% do Produto Interno
Bruto (PIB) do país.
Em um encontro promovido pelo
movimento Todos pela Educação,
em São Paulo, representantes do
Ministério da Educação (MEC), do
Conselho Nacional de Educação e
especialistas discutiram os prós e os
contras do plano.
O projeto, que reúne objetivos
relacionados ao desenvolvimento
dos alunos, à formação de
professores e ao financiamento da
educação está sendo discutido em
uma comissão especial da Câmara.
A estimativa é de que seja aprovado
até o fim deste ano.
Entre as metas, estão oferecer
educação em tempo integral em 50%
das escolas públicas de educação
básica e universalizar o atendimento
escolar para estudantes com
deficiência, transtornos de
desenvolvimento e altas habilidades
ou superdotação.
Mais quantidade, menos
qualidade
Para Ricardo Martins, cientista
econômico membro da Comissão
Técnica do Todos pela Educação, o
plano dá ênfase maior à quantidade
e deveria dar mais atenção à
qualidade.
– Falta um diagnóstico da
educação brasileira no plano e ainda
uma estimativa de custos que mostre
como a sociedade vai repartir essa
responsabilidade. Estamos em um
momento em que, mais do que o
direito de acesso à educação, o
importante é o direito de aprender,
o direito da qualidade – diz.
O presidente do Conselho
Nacional de Educação, Antonio
Carlos Ronca, elogiou o avanço do
projeto em relação ao anterior, mas
criticou o índice de 7% do PIB:
– O plano atual é melhor do que
o anterior, mas falta clareza na meta
em relação ao PIB. Não está
sinalizada a urgência da educação.
Falta dizer quanto vamos investir, dar
uma arrancada.
Carlos Abicalil, secretário de
Educação Especial do MEC,
salientou a importância de o novo
plano colocar em seu texto a
estratégia de confrontar os resultados
obtidos no Índice de
Desenvolvimento da Educação
Básica (Ideb) com a média dos
resultados em matemática, leitura e
ciências das provas do Programa
Internacional de Avaliação de Alunos
(Pisa).
*Ângela Ravazzolo viajou a São
Paulo a convite do Movimento Todos
Pela Educação
ÂNGELA RAVAZZOLO* | São
Paulo

Nenhum comentário:

Postar um comentário