quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Obesidade Infantil






 
 
 


Obesidade Infantil
Segundo dados observados pelo IBGE, os casos de obesidade em crianças, de 5 a 9 anos, mais do que quadruplicaram nos últimos 20 anos. É consenso, que a obesidade determina inúmeras complicações, e é uma patologia de difícil manejo.
Hoje, come-se mais, e despende-se menos energia.  Algumas das causas da obesidade infantil, são hábitos alimentares inadequados, como insuficiência do consumo de vegetais, somado ao excesso de consumo de alimentos densamente calóricos e pobre em nutrientes; Abuso do tempo em frente à televisão, induzindo ao sedentarismo e, a exposição da criança, ao excesso de publicidade infantil, referente a alimentos ricos em gordura e, açúcar/sódio; Propensão da criança, a extravasar suas ansiedades ou angústias, por intermédio da superalimentação; Predisposição genética (mães obesas, têm maior propensão a ter filhos obesos); Violência urbana, que impede a criança de brincar livremente nas ruas, ou realizar deslocamento ativo e consequentemente, gastarem energia, entre outros.  Os fatores clínicos são responsáveis por menos de 5% dos casos de obesidade infantil.
Depois de instalada, a obesidade infantil tem complexo tratamento. Trata-se, principalmente, através de reeducação alimentar, com modificação de hábitos alimentares, indicados por Nutricionista, além da mudança de estilo de vida, com aumento da atividade física. Um tratamento psicológico também pode ser útil, dependendo do caso.
Portanto, o melhor tratamento é a prevenção, que deve iniciar já na gestação. É comprovado cientificamente, que os hábitos alimentares da gestante, definem as preferências alimentares de seu bebê. A amamentação também é um fator importantíssimo como protetor da obesidade. Ao iniciar a alimentação complementar, oferecer uma dieta rica em vegetais, cereais integrais, leguminosas, carnes magras, além do leite materno. 
No decorrer da infância, recomenda-se seguir uma alimentação variada, colorida, em horários pré-estabelecidos, em quantidades adequadas e, com a ingestão de guloseimas ou bebidas açucaradas, controladas; Deve-se incentivar uma vida ativa, com atividades físicas lúdicas, indicadas de acordo com a idade da criança e, controlar o tempo em frente à televisão ou computador e videogame. O exemplo dos pais, é um dos maiores motivadores do estilo de vida saudável.
A obesidade, com sua multicausalidade e suas múltiplas implicações, representa um desafio para o Nutricionista, estabelecendo uma das muitas situações em que, ações preventivas, são capazes de evitar efeitos desfavoráveis a longo prazo, nas esferas orgânica e psicossocial.

Referências:
 Balaban G, Silva GAP. Efeito protetor do aleitamento materno contra a obesidade infantil. J Pediatr (Rio J). 2004;80:7-16.
BARROS FILHO, A. A. Um quebra-cabeça chamado obesidade. Jornal de Pediatria. Rio de Janeiro, v.80, no.1, 2004.
Mello ED, Luft VC, Meyer F. Obesidade infantil: como podemos ser eficazes? J Pediatr (Rio J). 2004;80:173-82.
OLIVEIRA, J; VITALLE, MSS. Do diagnóstico à ação: Programa de Atividades para o Paciente obeso (PAPO) - uma abordagem interdisciplinar com adolescentes. RevistaBrasileira de Atividade Física & Saúde, 2010 –v.15 n.3, p.189-194
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Instituto Brasileiro de Geografia a e Estatística, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho Rendimento. Pesquisa de Orçamentos Familiares, Antropometria e estado Nutricional de Crianças, Adolescentes e Adultos no Brasil. Rio de Janeiro, 2010


Dra Karine Nunes Costa Durães

Equipe Clínica de Nutrição Especializada Evie Mandelbaum

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