quarta-feira, 17 de agosto de 2011

NÃO DEIXE A EDUCAÇÃO SER JOGADA PARA ESCANTEIO

MAIS EDUCAÇÃO, MENOS REMOÇÃO: SOMOS TODOS ATINGID@S!

A classe trabalhadora cearense vem assistindo, quanto mais próximo estamos da Copa do Mundo de 2014, a uma série impactos que os empreendimentos para a realização do megaevento irá desencadear.

Já temos toda uma série de questionamentos por parte do Ministério Público Federal à forma de condução, do governo do Estado em relação as obras como o Veículo Leve sobre Trilhos: ausência de participação real; não divulgação de informações sobre as obras; ausência de licenciamento ambiental para início de qualquer ato de início da obra; desobediência à legislação urbanística;

Esses questionamentos demonstram de que forma o governo pretende “passar por cima” daqueles que contestam as razões de tanto investimento em obras não estruturais e que buscam privilegiar um determinado público turístico que estará aqui durante os jogos.
Temos clareza que essas intervenções fazem parte de uma lógica voltada para a “limpeza social”, com claro intuito de remover a população pobre de determinadas áreas (não é a toa que as principais remoções apontadas são em áreas nobres da cidade), atuando o Estado como facilitador do capital imobiliário e de sua especulação.

Nesse mesmo cenário assistimos à luta dos professor@s em busca de um direito assegurado em lei: o piso salarial. Desde 5 de agosto os professores estaduais estão em greve pela aplicação da lei do Piso a todas as carreiras. 
 
Enquanto o Governo do Estado se nega a pagar o piso ainda vergonhoso de 1.187,14*, defendendo o argumento cínico já rejeitado pelo STF de inscontitucionalidade e falta de recursos para atendimento da Lei, promete gastar R$ 90 milhões para remover 10.00 famílias ao longo para realizar o trajeto do VLT, pagando indenizações ilegais, e R$250 milhõe para construir o Aquário.
 
È importante afirmarmos que todas as intervenções para a Copa do Mundo implicarão em aumento do endividamento do Estado, em nome de um desenvolvimento que só beneficia a poucos, e que buscará, como todo governo sem compromisso com a maioria de sua população, diminuir investimentos em educação, saúde, saneamento. Esse impacto será sentido por todos nós.
 
O governo federal, estadual e municipal estão mancomunados com a FIFA, a especulação imobiliária e a rede hoteleira. De  cara dura querem tirar dos bolso dos trabalhadores para financiar obras faraônicas e remoções, alem de massacrar o funcionalismo público. Nenhuma categoria resistirá sozinha a este projeto, por isso em Fortaleza e no Brasil chamamos a formação do Comitê Popular da Copa, no sentido de reunir forças para derrotá-lo.

Apoiamos a greve dos professor@s e nos somamos em um único grito: somos todos atingidos pela COPA!

Nenhum comentário:

Postar um comentário