quarta-feira, 27 de junho de 2012

VI Encontro Regional do MIEIB - Norte


VI Encontro Regional do MIEIB - Norte
Manaus foi a sede do VI Encontro Regional do MIEIB – Norte, ocorrido nos dias 20 e 21 de junho passado, com muito sucesso e produtividade. Durante a reunião do Colegiado dos Fóruns da Região Norte que aconteceu no Salão Açai do Novotel Manaus,coordenada pela Professora Rosilene Pacheco Quaresma – membro do Comite Diretivo do MIEIB, tivemos a presença das Professoras Claudete Furini Barboza Martins – Fórum de Educação Infantil do Tocantins, Rosangela Carvalho Nascimento – Fórum de Educação Infantil do Amapá, Francisca Luiza Serrão Ferreira – Fórum de Educação Infantil de Rondônia, Eva Antonia Cardoso Isquierdo – Fórum de Educação Infantil do Acre, Ana Célia da Silva Tuveri – Fórum de Educação Infantil do Pará, Ana Alice Monteiro – Fórum de Educação Infantil de Roraima , Eliseanne Lima da Silva – Fórum Amazonense de Educação Infantil, além de outras importantes representações e participações, que muito contribuíram para as discussões e encaminhamentos, que serão divulgados na Carta da Amazônia. Dentre as atividades abertas ao público de 1000 (um mil) participantes, que lotou a plenária do Auditório Eulálio Chaves / UFAM no dia 21 de junho de 2012, tivemos as seguintes conferências: “O Financiamento e a Gestão da Educação Infantil como Primeira Etapa da Educação Básica, ministrada pela Professora Arminda Raquel Botelho Mourão (UFAM), “As Políticas Públicas e a Avaliação na Educação Infantil” , ministrada pela Professora Ana Maria Orlandina Tancredi Carvalho (UFPA) e “Políticas de Formação Inicial e Continuada na Educação Infantil, ministrada pela Professora Doutora Michelle de Freitas Bissoli (UFAM); como também a Mesa Redonda “Currículo e Diversidade na Educação Infantil: a questão da Amazônia Brasileira, composta pelas Professoras Evelyn Lauria Noronha (UEA) e Eliseanne Lima da Silva (FAMEI). Vejam as fotos em nossa galeria de imagens.






terça-feira, 26 de junho de 2012

Posicionamento público: O Brasil precisa de 10% do PIB para a educação pública‏


                    
Brasil, 26 de junho de 2012.
 Posicionamento público: O Brasil precisa de 10% do PIB para a educação pública
 A Campanha Nacional pelo Direito à Educação, rede composta por mais de 200 organizações e movimentos distribuídos por todo o país, considera que o texto substitutivo à proposta original do PL (Projeto de Lei) 8035/ 2010 trouxe avanços, podendo ainda ser aprimorado no Senado Federal.
Uma vez aprovado o texto global, a partir desta semana serão debatidos os destaques. Em uma análise minuciosa, a rede avalia que a maioria dos destaques reivindica conteúdo já incorporado pelo relator, muitas vezes com outras palavras, ou prejudica e conflita com o espírito do texto. São poucos os destaques que realmente contribuem com a defesa de uma educação pública de qualidade.
Desse modo, a Campanha Nacional pelo Direito à Educação considera que o principal tema em debate são os destaques ao texto da Meta 20. Em jogo há três possibilidades, redigidas de diversas formas. O texto aprovado determina que o Brasil deve alcançar patamar equivalente a 8% do PIB de investimento público em educação pública, ou seja, investimento público direto. A segunda possibilidade, colocada por vários destaques, pede um volume de recursos a ser atingido em dez anos na ordem de 10% do PIB em investimento público total, que, além do investimento em educação pública, congrega as transferências feitas pelo poder público à educação privada, normalmente ineficazes e incapazes de estruturar as redes públicas de ensino para a garantia de educação de qualidade. Nenhuma das duas alternativas responde às necessidades das políticas públicas educacionais. Estima-se que o volume de 10% do PIB em investimento público total venha a significar, em dez anos, menos que 8% do PIB para a educação pública. Ou seja, menos do que já está aprovado.
A partir de cálculos, extensamente debatidos junto à Comissão Especial e à opinião pública brasileira, a Campanha Nacional pelo Direito à Educação defende que os parlamentares abracem a única e decisiva alternativa para o Brasil aliarexpansão do acesso à educação com qualidade, aprovando os destaques que apontam a necessidade de um patamar de investimento público diretoequivalente a 10% do PIB em educação pública.
Garantir que o investimento público seja direcionado à educação pública, além de ser justo, é a condição necessária para que o direito à educação de qualidade seja de fato consagrado e universalizado. Nunca é demais lembrar que o volume de 10% do PIB para a educação pública já era reivindicado antes de 2001, quando foi aprovado o PNE em vigor até 2010.
Confiante de que o investimento em educação será destinado para a educação pública, assina o Comitê Diretivo da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.
Ação Educativa
ActionAid
CCLF (Centro de Cultura Luiz Freire)
Cedeca-CE (Centro de Defesa da Criança e do Adolescente do Ceará)
CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação)
Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente
Mieib (Movimento Interfóruns de Educação Infantil do Brasil)
MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra)
Uncme (União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação)
Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação)

Posicionamento público: O Brasil precisa de 10% do PIB para a educação pública


                    
Brasil, 26 de junho de 2012.
 Posicionamento público: O Brasil precisa de 10% do PIB para a educação pública
 A Campanha Nacional pelo Direito à Educação, rede composta por mais de 200 organizações e movimentos distribuídos por todo o país, considera que o texto substitutivo à proposta original do PL (Projeto de Lei) 8035/ 2010 trouxe avanços, podendo ainda ser aprimorado no Senado Federal.
Uma vez aprovado o texto global, a partir desta semana serão debatidos os destaques. Em uma análise minuciosa, a rede avalia que a maioria dos destaques reivindica conteúdo já incorporado pelo relator, muitas vezes com outras palavras, ou prejudica e conflita com o espírito do texto. São poucos os destaques que realmente contribuem com a defesa de uma educação pública de qualidade.
Desse modo, a Campanha Nacional pelo Direito à Educação considera que o principal tema em debate são os destaques ao texto da Meta 20. Em jogo há três possibilidades, redigidas de diversas formas. O texto aprovado determina que o Brasil deve alcançar patamar equivalente a 8% do PIB de investimento público em educação pública, ou seja, investimento público direto. A segunda possibilidade, colocada por vários destaques, pede um volume de recursos a ser atingido em dez anos na ordem de 10% do PIB em investimento público total, que, além do investimento em educação pública, congrega as transferências feitas pelo poder público à educação privada, normalmente ineficazes e incapazes de estruturar as redes públicas de ensino para a garantia de educação de qualidade. Nenhuma das duas alternativas responde às necessidades das políticas públicas educacionais. Estima-se que o volume de 10% do PIB em investimento público total venha a significar, em dez anos, menos que 8% do PIB para a educação pública. Ou seja, menos do que já está aprovado.
A partir de cálculos, extensamente debatidos junto à Comissão Especial e à opinião pública brasileira, a Campanha Nacional pelo Direito à Educação defende que os parlamentares abracem a única e decisiva alternativa para o Brasil aliarexpansão do acesso à educação com qualidade, aprovando os destaques que apontam a necessidade de um patamar de investimento público diretoequivalente a 10% do PIB em educação pública.
Garantir que o investimento público seja direcionado à educação pública, além de ser justo, é a condição necessária para que o direito à educação de qualidade seja de fato consagrado e universalizado. Nunca é demais lembrar que o volume de 10% do PIB para a educação pública já era reivindicado antes de 2001, quando foi aprovado o PNE em vigor até 2010.
Confiante de que o investimento em educação será destinado para a educação pública, assina o Comitê Diretivo da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.
Ação Educativa
ActionAid
CCLF (Centro de Cultura Luiz Freire)
Cedeca-CE (Centro de Defesa da Criança e do Adolescente do Ceará)
CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação)
Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente
Mieib (Movimento Interfóruns de Educação Infantil do Brasil)
MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra)
Uncme (União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação)
Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação)

10% do PIB para Educação é aprovada hoje pelos Deputados

sábado, 16 de junho de 2012

9º Informe Semana de Ação Mundial 2012 – Educação Infantil


Semana de Ação Mundial 2012
Educação infantil de qualidade – Direito da criança, dever do Estado, justiça social
Compartilhando notícias: Atividade Nacional – Ato Lúdico em Brasília.
  
Brasil, 15 de junho de 2012.
Caros e caras companheiras, que estejam bem!
Mesmo com o outono, esta 10ª.edição da Semana de Ação Mundial floresceu em todos os cantos do Brasil. Já começamos a receber os relatórios das atividades e temos visto ações bastante significativas por cada equipe participante. Agora, nós pedimos que, por favor, caso ainda não nos tenha enviado, encaminhe o seu relato da SAM 2012 para o email sam@campanhaeducacao.org.br. A data limite para que sua atividade conste do relatório geral da SAM 2012 é dia 25 de junho
Além disso, a nossa Semana de Ação Mundial foi encerrada oficialmente na última 4ª.feira, dia 14, quando realizamos nosso Ato Lúdico no Parque da Cidade, em Brasília (DF), e, em seguida, estivemos em uma audiência com a Ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário. Abaixo, seguem os textos de divulgação e links para as matérias que noticiaram essas atividades.
Mais uma vez, agradecemos toda a dedicação e disponibilidade com que desenvolveram as atividades. É inspirador ver que cada um de nós em nosso meio pode plantar sementes de cuidado e reflexão. Um forte abraço da equipe da Campanha, 
Iracema Nascimento – Coordenadora Executiva, coordenadora da SAM no Brasil
Campanha Nacional pelo Direito à Educação
Equipe de Conteúdo e Mobilização da Semana de Ação Mundial 2012: Fabiana Vezzali e Katerina Volcov

Contatos da SAM 2012
Fixo: (11) 3159-1243 Embratel
Celular: (11) 8156-0246 TIM
Rua Mourato Coelho, 393, cj. 4, Pinheiros, São Paulo/SP, CEP 05417-010

Semana de Ação Mundial promove ato lúdico no Parque da Cidade, em Brasília

 

Um grupo de alunos do Jardim de Infância Lúcio Costa, no Guará (DF), participou na manhã de quarta-feira (13) de ato lúdico que encerrou as atividades da Semana de Ação Mundial (SAM). Com o tema “Educação Infantil é coisa séria”, o ato contou também com a participação de educadores, representantes de entidades educacionais, parlamentares e pais de alunos.

Brincadeiras de roda, ciranda, cantos e diversão no parquinho. As ações durante toda a manhã foram coordenadas pelo arte-educador e representante do comitê pernambucano da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, José Alberto da Silva, mais conhecido como Betinho. “Este momento com as crianças é importante. É uma forma de unir a teoria e a prática e ensinar a elas brincadeiras educativas”.

Jairo e Sandra são pais da Samantha, de 4 anos, a mais nova dos quatro filhos do casal. Os dois participaram do ato lúdico e fotografaram a filha com os colegas. “Sempre acompanhamos as atividades da nossa filha. Faço questão de saber tudo o ocorre no ambiente escolar. Educação é prioridade principal lá em casa”, conta Sandra Lúcia Barreiros.

O objetivo da ação foi entregar às autoridades presentes carta com as principais reivindicações para a educação infantil no Brasil. No fim da manhã, uma comitiva da SAM se reuniu com a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário,  para audiência sobre o tema. Na ocasião, a Ministra recebeu em mãos o documento.

Esta é a 10ª edição da Semana de Ação Mundial e, de acordo com a coordenadora executiva da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Iracema Nascimento, a adesão das pessoas tem sido cada vez maior. Mais de 150 municípios, em 23 estados e Distrito Federal, participaram das atividades propostas pela SAM. “Surpreendemo-nos com a quantidade de gente interessada em se envolver este ano. As pessoas estão se preocupando mais com a questão da Educação Infantil no país”, conta ela.

A diretora do Jardim de Infância Lúcio Costa, Nadja Andrade, participou pela primeira vez da SAM e não desgrudou os olhos das crianças durante as atividades. Ela conta que ficou sabendo da Semana de Ação Mundial por meio da Secretaria de Educação do Distrito Federal e logo se interessou pelo tema “Educação Infantil”. “Sou suspeita para falar sobre o assunto, porque em minha opinião, a Educação Infantil é a base. Precisamos de bons profissionais”, declara.

Durante o mês de maio, foram desenvolvidas várias atividades ligadas à SAM na escola que Nadja dirige. A intenção foi mostrar aos educadores que brincadeiras podem e devem ser utilizadas como instrumento pedagógico no aprendizado das crianças. “Nossa escola é pequena. São apenas 126 alunos. Mas este é um aspecto muito positivo, porque trabalhamos em conjunto com pais e alunos”, declara.


MINISTRA DOS DIREITOS HUMANOS RECEBE CRIANÇAS E ATIVISTAS PARA TRATAR DO DIREITO À EDUCAÇÃO INFANTIL DE QUALIDADE

As atividades públicas da Semana de Ação Mundial 2012 se encerraram nesta quarta-feira (13/6), com um ato lúdico no Parque da Cidade, em Brasília, e uma audiência na SDH (Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República). Uma comitiva de crianças, pais e professoras de educação infantil, acompanhada de dirigentes da Campanha Nacional pelo Direito à Educação e da Rede Nacional Primeira Infância, participou de audiência na Secretaria.

Inicialmente, a comitiva foi recebida por Patrícia Barcelos, Secretária Executiva da SDH e por Carmem Oliveira, Secretária Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. Comprometida com a agenda, a Ministra Maria do Rosário fez questão de comparecer, mesmo tendo sido convocada para atividade no Conselho Nacional de Justiça.
O coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, entregou à Ministra Maria do Rosário um documento com um diagnóstico da situação da educação infantil no Brasil e as principais reivindicações da área. Segundo Daniel, uma das principais preocupações do grupo é o risco da expansão do atendimento com precarização da oferta, por meio do conveniamento, mecanismo pelo qual prefeituras estabelecem contratos com entidades sem fins lucrativos para que essas ofereçam vagas de creches e pré-escolas.

Dados do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) mostram que em 2009 o número de matrículas de creches em tempo integral que receberam recursos do Fundeb foi de 186.550 e, em apenas quatro anos, passou para 303.135. As matrículas de creches em tempo parcial que receberam repasses do Fundo passaram de 27.765 (2009) para 39.773 (2012). A comparação entre as taxas de crescimento da oferta pública e da oferta conveniada nos últimos quatro anos é preocupante: a creche integral pública cresceu 26%, enquanto a conveniada cresceu 62%. A oferta pública de creche em tempo parcial cresceu 35% e a conveniada cresceu 43%. “Pela primeira vez, de forma explícita, uma presidenta (e não acredito que seja coincidência o fato de ela ser mulher) coloca a primeira infância como prioridade nacional e nós da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, como também a Rede Nacional Primeira Infância queremos contribuir para que essa prioridade seja concretizada”, anunciou Daniel.

Sobre o conveniamento, Aparecida Camarano, representante do Mieib (Movimento Interfóruns de Educação Infantil do Brasil), entidade integrante da direção da Campanha, chamou a atenção para a necessidade de acompanhamento do atendimento que se faz pela rede conveniada. “Se o Estado não pode oferecer vagas públicas, tem que fazer a avaliação e o monitoramento das condições de oferta nas instituições conveniadas, utilizando um instrumento que já existe”, explicitou, referindo-se aos Subsídios para Credenciamento e o Funcionamento das Instituições de Educação Infantil.

A representante da Fundação Abrinq no Comitê Diretivo da Campanha, Heloísa Oliveira, destacou a importância do contato com a SDH pela necessária convergência e intersetorialidade das políticas públicas para a garantia dos direitos integrais da criança, não só à educação infantil. “É necessário também que programas nacionais, como Brasil Carinhoso e ProInfância, possam se conectar com as políticas locais para que os municípios garantam o direito à educação infantil. Eu faço questão de relembrar uma fala bastante assertiva da ministra Maria do Rosário em evento sobre educação infantil, em que ela destacou a dívida da oferta de creches para com as crianças do Brasil”, afirmou Heloísa.

Para Vital Didonet, da Rede Nacional Primeira Infância, a SDH tem um papel fundamental de articulador intersetorial no Governo Federal. “Quanto mais esse papel for exercido na prática, menos teremos problemas na oferta das políticas e para isso é preciso enfrentar as dificuldades históricas de funcionamento do nosso sistema verticalizado e setorializado”, analisou. Vital deu o exemplo da proposta de creches noturnas no PNE (Plano Nacional de Educação), recentemente defendida pela Secretaria de Políticas para as Mulheres.

A ideia de creche noturna contraria o conceito de instituição de educação infantil definido pelo Conselho Nacional de Educação. Embora reconheça a necessidade de espaços de cuidados no período noturno para as crianças filhas de mães e pais que trabalham e estudam à noite, a comunidade educacional entende que essa não seria uma política da educação. “Felizmente a proposta de creche noturna foi excluída do PNE, mas um projeto de lei da área de educação continua em tramitação, sem diálogo com saúde e assistência”, alertou Vital.

Ciranda pela educação – A Ministra Maria do Rosário, lembrada por todos os presentes à audiência como importante influência na aprovação do Fundeb (Fundo da Educação Básica), quando foi deputada federal pelo PT do Rio Grande do Sul, reconheceu os desafios da SDH como órgão articulador de políticas e lembrou que é necessário que os vários planos setoriais, elaborados democraticamente, estejam articulados em torno do Plano Decenal dos Direitos da Criança e do Adolescente. “O governo não tem todas as respostas de como enfrentar os vários desafios brasileiros, por isso é importante ter a sociedade mobilizada”, disse a Ministra.

Entusiasmada com os resultados da Semana de Ação Mundial 2012 e saudosa de várias cirandas promovidas pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação em eventos diversos pelo Brasil, a ministra Maria do Rosário sugeriu que durante a 9ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente seja realizada uma ciranda pelo direito à educação. “Seria um momento de celebração das causas da infância, com as palavras de ordem e bandeiras renovadas pelos novos patamares que alcançamos”, sugeriu.

Presentes à audiência, três crianças do Jardim da Infância Lucio Costa, do bairro do Guará, no Distrito Federal, seus pais e professoras receberam das mãos da secretária Carmem Oliveira uma edição em quadrinhos do Estatuto da Criança e do Adolescente, publicada pela SDH. Carmem destacou que a preocupação com a primeira infância não pode ficar circunscrita à faixa da extrema pobreza. “Até porque o país deve estar comprometido com todas as crianças”.
O pai Jairo Alan destacou a importância da Semana de Ação Mundial por chamar a atenção das famílias, da sociedade e das autoridades para o direito à educação infantil de qualidade.
Para Patrícia Barcelos, o diálogo com a sociedade civil é fundamental para que as políticas públicas reflitam as reais necessidades da população. “É bom ter essa interlocução com vocês porque reforça nossa visão de que não se deve apenas garantir o atendimento, se ele não se der com a devida qualidade. O trabalho de implementação das políticas públicas tem que ser federativo, com União, Estados, Municípios e a participação da sociedade civil”, afirmou.

A Secretária Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, Salete Camba Valesan, também participou da audiência e lembrou a importância da homologação das Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos, estabelecidas pela Resolução 1/2012, de 30 de maio, do Conselho Nacional de Educação.

Fonte: Campanha Nacional pelo Direito à Educaçãohttp://www.campanhaeducacao.org.br/?idn=662


Veja as fotos da audiência: http://semanaacaomundial2012.wordpress.com/

Veja algumas matérias sobre o Ato Lúdico:
Campanha Nacional pelo Direito à Educação pede ampliação do acesso de crianças a creches e pré-escolas - Agência Brasil:http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-06-13/campanha-nacional-pelo-direito-educacao-pede-ampliacao-do-acesso-de-criancas-creches-e-pre-escolas
 Semana de Ação Mundial encerra suas atividades com a realização de um grande Ato Público Lúdico em Brasília - Agência Brasil:http://agenciabrasil.ebc.com.br/galeria/2012-06-13/semana-de-acao-mundial-encerra-suas-atividades-com-realizacao-de-um-grande-ato-publico-ludico-em-bras

Comissão Especial do PNE aprova 8% do PIB para educação pública, mas pode chegar a 10%


Comissão Especial do PNE aprova 8% do PIB para educação pública, mas pode chegar a 10%
Brasil, 14 de junho de 2012.
Na tarde de quarta-feira (13/6), foi votado o mérito global do relatório substitutivo ao PL (Projeto de Lei) 8035/2010, PNE (Plano Nacional de Educação), sistematizado pelo relator da matéria, deputado Angelo Vanhoni (PT-PR).
O texto determina que o Brasil deve alcançar, em dez anos, um patamar de investimento público direto em educação, ou seja, recurso público para a educação pública, equivalente a 8% do PIB (Produto Interno Bruto). No entanto, por meio de um novo parágrafo ao PL, proposto pouco antes de ser votado o mérito global do relatório, o dispêndio total em educação pública pode atingir o volume de 10% do PIB, desde que os recursos adicionais sejam alcançados por meio de dividendos resultantes da exploração da camada pré-sal.
Para a rede da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, que criou e coordena o movimento “PNE pra Valer!“, as alterações do texto são resultado da ação da sociedade civil, com sua capacidade de argumentação, articulação e mobilização. Na opinião de Idevaldo Bodião, professor da Universidade Federal do Ceará e ativista da Campanha, o aumento no percentual, ainda que pequeno, representa uma conquista, mas a sociedade deve se manter firme na reivindicação pelos 10% do PIB para a educação pública. “Nossa reivindicação deve ser pautada na lógica da expansão do atendimento escolar desde a creche até aos cursos de pós-graduação, garantindo-se um padrão de qualidade socialmente referendada”, explicou.  
De acordo com o cientista político e coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, em 2010, quando o Executivo Federal apresentou seu projeto de PNE, muitos duvidavam que o texto pudesse assumir o conceito de investimento público direto. Diversos analistas e atores sociais dedicados à pauta da educação consideravam que o mais provável era a diminuição do patamar de investimento público na área. “Quem não acreditou na força da sociedade civil que realmente quer consagrar o direito à educação pública de qualidade no Brasil perdeu. E continuará perdendo”, complementou Daniel.
Tramitação do PNE - A proposta de novo PNE está sendo debatida na Câmara dos Deputados desde dezembro de 2010. Ela estabelece, por meio de vinte metas a serem atingidas em até dez anos, os rumos da educação brasileira no próximo decênio, orientando a ação dos governos federal, estaduais, distrital e municipais no setor. A Comissão Especial que analisa a matéria ainda precisa votar mais de 150 destaques que, caso sejam aprovados, irão alterar o conteúdo do texto.
A data marcada para a deliberação final da proposta de novo PNE, com a votação dos destaques, é 26 de junho, podendo se alongar conforme o ritmo dos debates. Como o Plano tramita em caráter conclusivo, ele pode seguir diretamente para o Senado Federal. Contudo, caso haja algum recurso, o PL terá que ser apreciado pelo plenário da Câmara dos Deputados, retardando ainda mais a aprovação do novo plano.
Votos dos partidos – O objetivo da votação de ontem foi analisar o mérito global do relatório de Angelo Vanhoni. Dos 31 deputados presentes, apenas Ivan Valente (PSOL-SP) votou contrário ao texto, apresentando proposta de um relatório substitutivo global. Aprovaram o parecer os seguintes partidos: PT, PMDB, PSDB, PP, DEM, PQ, PSB, PDT, PSC, PCdoB e PSOL. Partidos aliados e de oposição que votaram a favor, manifestaram grande insatisfação com a nova redação da Meta 20, que trata do financiamento da educação.
"No geral, o relatório agradou a todos os partidos. A única ressalva é em relação à meta 20. Todos os trabalhos feitos pelas organizações do setor no país mostram que, para atingirmos as metas do PNE, serão necessários 10% do PIB. Os 8% não viabilizam”, afirmou o deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG) em matéria do jornal O Globo (Comissão do PNE sugere 8% do PIB para Educação, 14 de junho de 2012).
50% do pré-sal para a educação - Vários deputados questionaram o acréscimo de um artigo ao parágrafo 5º, que vincula o alcance de 10% do PIB para a educação por meio de recursos provenientes do pré-sal para o setor, uma vez que os recursos ainda não estão disponíveis.
Sobre isso, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) afirmou que é inaceitável um texto que fala que “poderão ser utilizados recursos do pré-sal”. “Não existe recursos do pré-sal ainda”, apontou.
De acordo com matéria do Portal IG, o relator explicou que meio ponto percentual do PIB a mais no PNE representa R$ 25 bilhões a mais por ano, quantia que pode ser destinada para as creches ou para a educação integral. “Ou seja, paga uma coisa ou a outra, e não as duas. Nós queremos recursos para financiamento, com qualidade, de todas as metas”, afirmou Bodião.
Segundo a deputada professora Dorinha (DEM-TO), deve-se investir mais em educação básica e incluir o CAQ (Custo Aluno Qualidade) como mecanismo de financiamento capaz de equilibrar a educação no país.  
Na avaliação de Daniel Cara, mesmo diante das conquistas acumuladas ontem, é preciso conquistar na redação da Meta 20, o patamar de 10% do PIB de investimento público direto em educação. “A proposta de 8% do PIB mais o gatilho do pré-sal sinaliza a vontade de um importante conjunto de parlamentares da base do governo em alcançar os 10% do PIB para educação pública, contudo é importante que a Comissão Especial garanta a conquista por inteiro, citando o patamar na meta sem condicionantes”.
Agora, o debate deve acontecer entre dois cenários: 8% do PIB de investimento público direto, com um mecanismo para alcançar 10% do PIB ou 10% do PIB de investimento público direto ou investimento público total. Para a rede da Campanha Nacional pelo Direito à Educação só é aceitável aprovar o patamar de 10% do PIB com investimento público direto. “Creio que o Brasil não tem dúvida de que a prioridade é a melhoria da escola pública”, defende Daniel.
Vitórias garantidas - Também graças à votação do mérito global do relatório, questões importantes que não receberam destaques já serão encaminhadas para o Senado Federal. É o caso dos mecanismos de controle social, em especial a obrigatoriedade de relatórios bienais a serem publicados pelo Inep sobre o cumprimento das metas do PNE, além da implementação gradativa do CAQi (Custo Aluno-Qualidade Inicial), formulado pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação, até o alcance do CAQ (Custo Aluno-Qualidade).
O primeiro deve ser implementado em até dois anos após o início da vigência do PNE. Trata-se de um mecanismo de financiamento que garante a universalização de um padrão mínimo de qualidade. O segundo, a ser efetivado até o último ano de vigência do PNE, determina o esforço para o Brasil alcançar um padrão de qualidade equivalente aquele verificado nos países mais desenvolvidos.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Congresso Pedagogia 2013 - Havana Cuba




Sr(a) Professor(a) e Educadores
-
O Ministério de Educação de Cuba , UNESCO , UNICEF e demais auspíciadores tem o prazer de anunciar o Congresso Internacional de Pedagogia 2013 a realizar-se em Havana de 04 a 08 de Fevereiro de 2013.

Estão convidados a apresentar trabalhos Professores, Estudantes, Pesquisadores e Gestores em Educação que desejem participar do Programa Cientifico

O Congresso é um dos maiores da America do Sul reunindo mais de 20 Paises e cerca de 5.000 Educadores.

Caso nao queira apresentar trabalho , esta é uma oportunidade tambem para conhecer, discutir e trocar informacoes sobre a Educação na America Latina, trazendo esta notável experiencia para sua comunidade.

A Lionstour Congressos Internacionais está credenciada a receber suas inscrições e tramitar a sua viagem ao Congresso atraves do Pacote Oficial de Viagens que inclui todos transporte a todos os eventos relacionados ao Congresso como Visitas Tecnicas as Escolas, Transporte diario entre os Hoteis e o Palacio das Convencoes, obtencao de Visto Cubano, e hospedagem em hoteis selecionados

Os trabalhos academicos estão sendo recebidos ate dia 15 de Novembro.
Nao deixe para ultima hora, reserve seu lugar o mais rapido possivel.

veja como enviar e mais informacoes do congresso na nossa pagina
http://www.lionstours.com.br/pedagogia_52.html


Atenciosamente
Lionstours Congressos Internacionais
Tel. 019 35837498
www.lionstours.com.br

quinta-feira, 14 de junho de 2012

II Fórum Internacional de Educação da Macro Região de Sorocaba



Divulgação.

Em 27 e 28 de junho será realizado o II Fórum Internacional de Educação da Macro Região de Sorocaba, uma iniciativa dos Dirigentes Municipais de Educação dos Municípios da Região, com apoio da UNESCO, da Organização dos Estados Iberoamericanos – OEI, da Prefeitura da Estância Turística de Itu e do polo regional da UNDIME.
Com o eixo temático ‘EDUCAÇÃO, SOCIEDADE E CIDADANIA’, o evento focaliza as questões concernentes à educação para a cidadania, à constituição da escola e da ética em uma sociedade de incerteza, à qualificação dos profissionais da educação para a inclusão, à participação da sociedade como instrumento para a qualidade da educação e para a formação do cidadão, aos conflitos sociais e afetivos na escola, aos desafios das novas tecnologias no cotidiano escolar e algumas experiências regionais passíveis de replicação.
A iniciativa tem como objetivo fomentar ações para a construção de uma região educadora.
Esta segunda edição do Fórum terá como sede o Município de ITU.
Conheça a programação do evento e inscreva-se pelo sítio: www.2forumregiaosorocaba.org.br.

Comissão Organizadora dos Dirigentes Municipais de Educação
II Fórum Internacional de Educação da Macro Região de Sorocaba
E-mail: 2forumregiaosorocaba@gmail.com

Ministra dos Direitos Humanos recebe crianças e ativistas paras tratar do direito à educação infantil de qualidade


Ministra dos Direitos Humanos recebe crianças e ativistas paras tratar do direito à educação infantil de qualidade
As atividades públicas da Semana de Ação Mundial 2012 se encerraram nesta quarta-feira (13/6), com um ato lúdico no Parque da Cidade, em Brasília, e uma audiência na SDH (Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República). Uma comitiva de crianças, pais e professoras de educação infantil, acompanhada de dirigentes da Campanha Nacional pelo Direito à Educação e da Rede Nacional Primeira Infância, participou de audiência na Secretaria.
Inicialmente, a comitiva foi recebida por Patrícia Barcelos, Secretária Executiva da SDH e por Carmem Oliveira, Secretária Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. Comprometida com a agenda, a Ministra Maria do Rosário fez questão de comparecer, mesmo tendo sido convocada para atividade no Conselho Nacional de Justiça.
O coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, entregou à Ministra Maria do Rosário um documento com um diagnóstico da situação da educação infantil no Brasil e as principais reivindicações da área. Segundo Daniel, uma das principais preocupações do grupo é o risco da expansão do atendimento com precarização da oferta, por meio do conveniamento, mecanismo pelo qual prefeituras estabelecem contratos com entidades sem fins lucrativos para que essas ofereçam vagas de creches e pré-escolas.
Dados do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) mostram que em 2009 o número de matrículas de creches em tempo integral que receberam recursos do Fundeb foi de 186.550 e, em apenas quatro anos, passou para 303.135. As matrículas de creches em tempo parcial que receberam repasses do Fundo passaram de 27.765 (2009) para 39.773 (2012). A comparação entre as taxas de crescimento da oferta pública e da oferta conveniada nos últimos quatro anos é preocupante: a creche integral pública cresceu 26%, enquanto a conveniada cresceu 62%. A oferta pública de creche em tempo parcial cresceu 35% e a conveniada cresceu 43%. “Pela primeira vez, de forma explícita, uma presidenta (e não acredito que seja coincidência o fato de ela ser mulher) coloca a primeira infância como prioridade nacional e nós da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, como também a Rede Nacional Primeira Infância queremos contribuir para que essa prioridade seja concretizada”, anunciou Daniel.
Sobre o conveniamento, Aparecida Camarano, representante do Mieib (Movimento Interfóruns de Educação Infantil do Brasil), entidade integrante da direção da Campanha, chamou a atenção para a necessidade de acompanhamento do atendimento que se faz pela rede conveniada. “Se o Estado não pode oferecer vagas públicas, tem que fazer a avaliação e o monitoramento das condições de oferta nas instituições conveniadas, utilizando um instrumento que já existe”, explicitou, referindo-se aos Subsídios para Credenciamento e o Funcionamento das Instituições de Educação Infantil.
A representante da Fundação Abrinq no Comitê Diretivo da Campanha, Heloísa Oliveira, destacou a importância do contato com a SDH pela necessária convergência e intersetorialidade das políticas públicas para a garantia dos direitos integrais da criança, não só à educação infantil. “É necessário também que programas nacionais, como Brasil Carinhoso e ProInfância, possam se conectar com as políticas locais para que os municípios garantam o direito à educação infantil. Eu faço questão de relembrar uma fala bastante assertiva da ministra Maria do Rosário em evento sobre educação infantil, em que ela destacou a dívida da oferta de creches para com as crianças do Brasil”, afirmou Heloísa.
Para Vital Didonet, da Rede Nacional Primeira Infância, a SDH tem um papel fundamental de articulador intersetorial no Governo Federal. “Quanto mais esse papel for exercido na prática, menos teremos problemas na oferta das políticas e para isso é preciso enfrentar as dificuldades históricas de funcionamento do nosso sistema verticalizado e setorializado”, analisou. Vital deu o exemplo da proposta de creches noturnas no PNE (Plano Nacional de Educação), recentemente defendida pela Secretaria de Políticas para as Mulheres.
A ideia de creche noturna contraria o conceito de instituição de educação infantil definido pelo Conselho Nacional de Educação. Embora reconheça a necessidade de espaços de cuidados no período noturno para as crianças filhas de mães e pais que trabalham e estudam à noite, a comunidade educacional entende que essa não seria uma política da educação. “Felizmente a proposta de creche noturna foi excluída do PNE, mas um projeto de lei da área de educação continua em tramitação, sem diálogo com saúde e assistência”, alertou Vital.
Ciranda pela educação – A Ministra Maria do Rosário, lembrada por todos os presentes à audiência como importante influência na aprovação do Fundeb (Fundo da Educação Básica), quando foi deputada federal pelo PT do Rio Grande do Sul, reconheceu os desafios da SDH como órgão articulador de políticas e lembrou que é necessário que os vários planos setoriais, elaborados democraticamente, estejam articulados em torno do Plano Decenal dos Direitos da Criança e do Adolescente. “O governo não tem todas as respostas de como enfrentar os vários desafios brasileiros, por isso é importante ter a sociedade mobilizada”, disse a Ministra.
Entusiasmada com os resultados da Semana de Ação Mundial 2012 e saudosa de várias cirandas promovidas pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação em eventos diversos pelo Brasil, a ministra Maria do Rosário sugeriu que durante a 9ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente seja realizada uma ciranda pelo direito à educação. “Seria um momento de celebração das causas da infância, com as palavras de ordem e bandeiras renovadas pelos novos patamares que alcançamos”, sugeriu.
Presentes à audiência, três crianças do Jardim da Infância Lucio Costa, do bairro do Guará, no Distrito Federal, seus pais e professoras receberam das mãos da secretária Carmem Oliveira uma edição em quadrinhos do Estatuto da Criança e do Adolescente, publicada pela SDH. Carmem destacou que a preocupação com a primeira infância não pode ficar circunscrita à faixa da extrema pobreza. “Até porque o país deve estar comprometido com todas as crianças”.
O pai Jairo Alan destacou a importância da Semana de Ação Mundial por chamar a atenção das famílias, da sociedade e das autoridades para o direito à educação infantil de qualidade.
Para Patrícia Barcelos, o diálogo com a sociedade civil é fundamental para que as políticas públicas reflitam as reais necessidades da população. “É bom ter essa interlocução com vocês porque reforça nossa visão de que não se deve apenas garantir o atendimento, se ele não se der com a devida qualidade. O trabalho de implementação das políticas públicas tem que ser federativo, com União, Estados, Municípios e a participação da sociedade civil”, afirmou.
A Secretária Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, Salete Camba Valesan, também participou da audiência e lembrou a importância da homologação das Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos, estabelecidas pela Resolução 1/2012, de 30 de maio, do Conselho Nacional de Educação.
O que é a Semana? - A Semana de Ação Mundial é uma iniciativa da Campanha Global pela Educação e acontece desde 2003 para exigir que os governos cumpram os acordos internacionais da área, entre eles o Programa de Educação para Todos (Unesco, 2000). No Brasil, a Semana é coordenada pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação, em parceria com outros movimentos, organizações e redes. Compõem o Comitê Técnico da SAM a Ação Educativa, Aliança pela Infância, Cedeca Ceará, Fundação Abrinq-Save The Children, Instituto C&A, Mieib (Movimento Interfóruns de Educação Infantil do Brasil), RNPI (Rede Nacional Primeira Infância), Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação), Unesco e Unicef. 

Veja como foi a Semana de Ação Mundial 2012 no BLOG da SAM clicando aqui. 

quarta-feira, 13 de junho de 2012

As principais novidades e as tendências na votação do novo PNE


   
As principais novidades e as tendências na votação do novo PNE
Em tramitação desde meados de dezembro de 2010, quando o Governo Federal apresentou ao Congresso Nacional sua proposta para o novo Plano Nacional de Educação (PNE), o PL 8035/2010 deve ter votação iniciada nesta terça-feira, 12/6, na Comissão Especial da Câmara dos Deputados que trata da matéria.
As principais polêmicas giram em torno da educação especial, prazo para alfabetização de crianças e financiamento da educação. Para o coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, o texto original do novo PNE era “anímico”. “O texto que irá a voto, após mais de três mil emendas analisadas e diante de centenas de destaques, é marcadamente melhor. Contudo, por mais que o processo de votação na Comissão Especial ainda corrija distorções, haverá muito a ser melhorado no Senado Federal. Isso não preocupa, porque é da própria natureza do sistema legislativo bicameral. O importante é que a sociedade civil participou e, em termos gerais, o processo foi muito rico, embora excessivamente lento”, declara.
A seguir, o coordenador da Campanha analisa as principais novidades e polêmicas que irão a voto, a partir de hoje.
Boa parte das propostas incorporadas pelo relator da matéria, deputado Angelo Vanhoni (PT-PR), advém de propostas da Campanha ou de organizações que compõem o movimento “PNE pra Valer!”, criado e coordenado pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação. Praticamente todas elas foram incorporadas por deputados e deputadas de todos os partidos representados na Comissão Especial. 
Educação infantil
“A Meta 1, que trata de educação infantil, está razoavelmente melhor que a original. A boa notícia, fruto da mobilização da comunidade educacional, é que o voto complementar do relator, deputado Angelo Vanhoni (PT-PR), excluiu o estímulo ao estabelecimento de creches noturnas no novo PNE. A proposta tinha surgido no segundo relatório substitutivo. Caiu porque a ideia de creche noturna fere a própria concepção de creche, estabelecida em normativas do CNE (Conselho Nacional de Educação). Segundo a resolução 5/2010 da Câmara de Educação Básica do CNE, devidamente homologada pelo MEC (Ministério da Educação), ‘a Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, é oferecida em creches e pré-escolas, as quais se caracterizam como espaços institucionais não domésticos que constituem estabelecimentos educacionais públicos ou privados que educam e cuidam de crianças de 0 a 5 anos de idade no período diurno, em jornada integral ou parcial, regulados e supervisionados por órgão competente do sistema de ensino e submetidos a controle social.’
Contudo, todos reconhecem que é necessário, em uma perspectiva de atendimento global dos direitos das crianças e das famílias, estabelecer políticas públicas de assistência social que implementem dormitórios para crianças pequenas, inclusive para viabilizar o direito das mães e dos pais ao trabalho e ao estudo no período noturno. No entanto, isso não pode ser computado como matrícula em creche, muito menos pode contar com os já insuficientes recursos destinados à MDE (Manutenção e Desenvolvimento do Ensino).”
Expectativas de aprendizagem
“O termo ‘expectativas de aprendizagem’ é ruim, excessivamente minimalista e pobre em termos de debate curricular. Surgiu na proposta original do novo PNE porque foi um conceito trabalhado em alguns instrumentos que estabeleceram o PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação), criado no segundo mandato do Presidente Lula. O conceito evoluiu agora para “proposta de direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento”, que serão definidos por meio de debate público liderado pelo MEC (Ministério da Educação), a ser concluído em até dois anos de vigência do novo PNE. A vantagem do novo conceito é que ele não se limita a apontar objetivos conteudistas, mas avança na compreensão do direito. Em outras palavras, assume que é preciso garantir também insumos e processos de gestão educacional para o alcance pleno da aprendizagem, além do respeito às condições de trabalho dos professores. Há espaço para o Senado Federal aprimorar ainda mais o nível de avanço alcançado na Câmara dos Deputados, tornando o conceito mais concreto e prático. As expectativas de aprendizagem constavam das metas 2, 3 e 7 do novo PNE”.
Educação Especial
“Há um erro original na proposta do novo PNE. Ao invés de considerar que todas as metas tratam da educação de forma inclusiva, decidiu-se criar uma meta específica para a educação de pessoas com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. O problema é que o debate criou uma cisão desnecessária e falsa entre os defensores da educação inclusiva e os profissionais, familiares e cidadãos que utilizam serviços de organizações sociais que oferecem o atendimento complementar especializado. Seria mais interessante o PNE ser categórico: qualquer educação, por princípio, deve ser inclusiva. Complementarmente, o plano deveria também considerar o importante papel desempenhado pelas organizações sociais que oferecem atendimento complementar especializado.
A conciliação pode ser alcançada no Senado Federal ou já na Câmara dos Deputados, mas hoje isso parece ser muito improvável. A tendência na Comissão Especial é aprovar um texto mais próximo dos interesses das organizações sociais dedicadas ao atendimento complementar especializado. Essa é uma questão que exigirá, até o fim da tramitação do PNE, muita sabedoria.”
Período para alfabetização de crianças
“Essa é uma das principais polêmicas do novo PNE. Originalmente, o MEC propôs alfabetizar todas as crianças até, no máximo, os 8 anos de idade. Contudo, a idade das crianças não dialoga com a organização das redes de ensino, pautadas por anos e ciclos de aprendizagem. Assim, alguns deputados e atores sociais e políticos propõem a alfabetização de crianças até o primeiro ou segundo ano do Ensino Fundamental. Outros, especialmente gestores, professores, conselheiros de educação e pesquisadores dedicados ao tema optam pelo terceiro ano como meta de alfabetização. A diferença está entre optar por uma alfabetização aligeirada ou por uma alfabetização plena. Pesquisa recente da Fundação Carlos Chagas mostra que crianças alfabetizadas no tempo correto, de forma plena, com mais cuidado e sem pressa, aprendem melhor ao longo de seu percurso escolar do que crianças alfabetizadas precocemente. A questão deve ser motivo de intenso debate na Comissão Especial, com boa tendência de maioria para a alfabetização de crianças até o terceiro ano do Ensino Fundamental. As investigações científicas mostram que esse é o melhor caminho.”
Qualidade da educação e avaliação
“Desde o texto original, produzido pelo Poder Executivo Federal, a proposta do novo PNE falha ao confundir avaliação com qualidade. Em uma metáfora, é o mesmo que dizer que é o termômetro, e não a infecção, o responsável pela febre. Ou compreender que é a balança, e não a dieta, quem garante a perda de peso. Ou seja, mesmo diante do avanço de se estabelecer um Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Sinaeb), entre os artigos da Lei do novo PNE, o texto continua confundindo as médias nacionais do Ideb com padrão de qualidade. Assim, melhor seria que a Meta 7 apontasse para o alcance de um padrão de qualidade. Nesse caso, as metas do Ideb seriam transformadas em estratégias, assim como ocorre com a pontuação do Pisa [sigla em inglês para Programa Internacional de Avaliação da Educação]. O Senado Federal precisará empreender uma reforma da Meta 7 do novo PNE, até para que ela faça sentido.”
Valorização dos profissionais da educação básica
“O principal avanço foi mudar o verbo da Meta 17. Enquanto o projeto original do Governo Federal propunha ’aproximar’ o patamar de rendimento médio dosprofissionais do magistério das redes públicas da educação básica com os demais profissionais com escolaridade equivalente, o relatório de Angelo Vanhoni propõe igualar. A diferença de um verbo e do outro é que aproximar significa qualquer diminuição positiva da distância entre o salário dos professores dos demais profissionais. Igualar é zerar, na média, a diferença de remuneração.”
Gestão democrática
“A Meta 19 melhorou, mas continua confusa. O Brasil tem enorme dificuldade de promover a gestão democrática. É a meta que menos avançou entre todas do PNE. O Senado Federal deve propor algumas audiências públicas sobre o tema.”
Financiamento da educação
“Embora Vanhoni não tenha aceitado as conclusões dos estudos técnicos da sociedade civil, que comprovam a necessidade do patamar equivalente a 10% do PIB para educação pública, em especial aqueles produzidos pela Campanha, todas as outras propostas da rede foram incorporadas.
O novo PNE demanda a transferência de 50% dos recursos da União advindos da exploração de minerais, inclusive petróleo, para MDE (Manutenção e Desenvolvimento do Ensino). Esta é uma importante vitória da comunidade educacional, em especial do movimento estudantil.
O voto complementar incorporou também um importante mecanismo de controle social dos recursos proposto pela Campanha, ao articular unidades de gestão educacional (MEC e secretarias de educação), com os conselhos do Fundeb e os tribunais de conta.
Além disso e, mais importante, o novo PNE incorpora o instrumento do CAQi (Custo Aluno-Qualidade Inicial), desenvolvido pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação e absorvido pelo CNE (Conselho Nacional de Educação). O texto do novo PNE avança mais e determina que, em um prazo de dois anos após a publicação da Lei, deve ser empreendida a implementação do CAQi.
Como o Brasil precisa avançar, além do financiamento dedicado a universalizar um padrão mínimo de qualidade, materializado pelo CAQi, até o final do PNE deve ser implementado o CAQ (Custo Aluno-Qualidade), que representa um esforço de aproximação do patamar de investimento por aluno ao ano praticado no Brasil daquele verificado nos países mais desenvolvidos. Por fim, como mais importante meio de viabilização das propostas, o relator incorporou a justa reivindicação de que cabe à União, na forma da Lei, a complementação de recursos financeiros a todos os estados, ao Distrito Federal e aos municípios que não conseguirem atingir o valor do CAQi e, posteriormente, do CAQ.
Qual é o drama de toda a Meta 20 e da própria viabilização do novo PNE? É que sem o patamar equivalente a 10% do PIB em investimento público direto, ou seja, recurso público na educação pública, nada disso poderá ser efetivamente realizado. Ou pior, e como comprova a Nota Técnica da Campanha Nacional pelo Direito à Educação que trata desta meta financiamento, o novo PNE gerará expansão do acesso, mas não garantirá a universalização de um bom padrão de qualidade do ensino. O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, vinculado à Presidência da República) contribuiu muito com o debate, mostrando quais são as fontes de financiamento possíveis para pagar os 10% do PIB em educação pública. Resta agora contarmos com a coragem dos parlamentares. Vale lembrar que alcançar 10% do PIB para educação pública representa um acréscimo cumulativo de 0,5% do PIB ao ano de investimento em políticas educacionais. Ou seja, é um esforço factível.”
Controle social
“Embora Vanhoni tenha incorporado a proposta da Campanha Nacional pelo Direito à Educação de que o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, vinculado ao MEC) produza obrigatoriamente, a cada dois anos, estudos para analisar o cumprimento do PNE, diversas metas permanecem sem objetivos intermediários. Nenhum plano funciona sem boa gestão. E não há boa gestão de políticas públicas sem efetivo controle social. Nisso o PNE falha ainda. É mais uma tarefa que deverá ser resolvida pelo Senado Federal.
Contudo, graças aos estudos que deverão ser produzidos pelo Inep, será fácil realizar na educação uma proposta comum a outras áreas: organizar observatórios para analisar o cumprimento das metas do novo plano. Não se trata de uma ideia nova, mas pode ser um instrumento bastante importante.”
Cooperação federativa e regime de colaboração
“Também proposta construída com colaboração da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, o novo PNE determina na estratégia 20.9 a regulamentação, em até dois anos após a aprovação do novo plano, dos artigos 23, parágrafo único e 211 [o texto aponta 214, mas será corrigido] da Constituição Federal. O primeiro trata da cooperação federativa, o segundo da colaboração entre sistemas de ensino. Em português claro, isso significa criar mecanismos que obriguem a União a colaborar técnica e financeiramente com os Estados, o Distrito Federal e os municípios. Do mesmo modo, cada Estado também deve estabelecer o que? com seus respectivos municípios. O objetivo é corrigir distorções históricas do federalismo brasileiro e promover a equidade educacional. Em suma, caso seja bem feita a regulamentação dos dois artigos supracitados, trata-se de uma mini, mas precisa, reforma federativa. Será esse debate, sobre Cooperação Federativa e Regime de Colaboração, que irá definir como será paga a conta dos 10% do PIB, ou dos 8% do PIB ou 7,5% do PIB, como propõe o relator Angelo Vanhoni (PT-PR)”.
Avaliação geral do conteúdo e da tramitação do novo PNE
“O texto original do novo PNE era anímico. O texto que irá a voto, após mais de três mil emendas e diante de centenas de destaques, é mais preciso e adequado. Contudo, por melhor que seja o processo de votação, há muito a ser aprimorado no Senado Federal. Isso não preocupa, pois é da própria natureza do próprio sistema legislativo. O importante é que a sociedade civil participou e, em termos gerais, o processo foi muito rico, embora excessivamente lento. Hoje não creio que o PNE seja sancionado antes do primeiro semestre de 2013. Temos que trabalhar por mais celeridade, quem sabe para ganhar dois a três meses.”